sábado, 18 de agosto de 2012

Fauna marinha: quando a pesca ajuda e quando a pesca atrapalha


“O , o mamífero aquático mais ameaçado de  do mundo, encontrou no litoral do Piauí, a 380 quilômetros de Teresina, um lugar de águas claras e tranquilas para procriar e fugir do risco de desaparecer. Sua população, que beirava aos 20 animais no início dos anos 1980, hoje já é estimada entre 35 e 40, aproximadamente o dobro em 30 anos.” – texto da matéria “População de peixe-boi marinho no litoral do Piauí dobra em 30 anos”, publicada em 29 de novembro de 2011 pelo site piauiense cidadeverde.com
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Estima-se em 500 indivíduos a população do animal no Brasil / Foto: Divulgação Projeto Peixe-boi Marinho
E esse aumento da população de peixes-bois aconteceu a partir da parceria entre ambientalistas e pescadores. Veja:
“Trabalhando na região desde 1991, a paulistana Patrícia Claro, faz parte de uma equipe de dez pessoas que atua na defesa e preservação do peixe-boi no Piauí. São técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (), funcionários da prefeitura e estagiários. Segundo ela, o peixe-boi chegou ao Piauí bem antes dos colonizadores europeus. “O Piauí tem uma área bem preservada e isso é fundamental para a preservação da espécie”.(…)
Patrícia Claro garante também que o sucesso do projeto de preservação se deve muito ao relacionamento tranquilo dos pescadores com o peixe-boi. “O peixe-boi respeita o pescador e o pescador respeita o peixe-boi. Aqui nunca foi local de caça”, concluiu.” – texto do cidadeverde.com
Toda e qualquer ação de conservação ou preservação ambiental só tem sucesso quando as comunidades locais são envolvidas nos processos de decisão e participam ativamente. Caso contrário, será mais um exemplo de marginalização e de fracasso.
Quando a pesca atrapalha…
“Biólogos e pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí (), em , investigam juntamente com a Polícia Ambiental se pescadores utilizaram métodos ilegais para capturar pescados que podem ter causado a morte de 108 animais marinhos, registradas desde a segunda metade de outubro no litoral do estado.
Do dia 21 até 29 de novembro, a quantidade de tartarugas, golfinhos, botos e baleias mortas subiu de 31 para 108. Segundo informações do Museu Oceanográfico da Univali, a maioria das vítimas são tartarugas-verdes (Chelonia mydas). Até agora já foram encontrados 90 exemplares sem vida em praias catarinenses, principalmente as da região centro-norte do litoral.” – texto da matéria “Sobe para 108 o número de animais encontrados mortos em praias de SC” publicada em 30 de novembro de 2011 pelo portal G1
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Tartaruga-verde encontrada morta em Santa Catarina / Foto: Divulgação Univali
Essa mortandade pode ser resultada da falta de orientação dos pescadores.
“Segundo Rosa Soto (Jules Marcelo Rosa Soto, curador do Museu Oceanográfico da Universidade do Vale do Itajaí – Univali), é a primeira vez desde que o monitoramento de animais marinhos na região foi iniciado, há 18 anos, que ocorre essa alta densidade de mortes. “Temos a suspeita de que os pescadores estão utilizando redes de malhas finas próximo à costa. Isso pode fazer com que os animais fiquem presos”, disse o pesquisador.
A pesca de malha fina é proibida no Brasil, segundo a legislação ambiental. “Mas vamos aguardar o nosso relatório que vai averiguar de fato o que tem acontecido”, afirma.” – texto da matéria do portal G1
Vale destacar que, no caso de Santa Catarina, a morte desses animais não é resultado apenas da falta de orientação, mas da ausência de fiscalização, já que essa modalidade de pesca é ilegal.

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