Estudo sugere que gatos do Egito antigo deixaram descendentes
Uma equipe de pesquisadores da Faculdade de Medicina
Veterinária da Universidade da Califórnia em Davis, nos
Estados Unidos, descobriu que felinos mumificados no Egito
antigo deixaram descendentes na população moderna de
gatos do país. O resultado surgiu a partir de uma análise de
publicado no Journal of Archaeological Science e foi
coordenado por Leslie Lyons, que participou do grupo
responsável por clonar um gato doméstico pela primeira vez
em 2002. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Os antigos egípcios ofereciam pequenas múmias felinas
como presente à Bastet ou Bast, sua deusa com cabeça de
gato. Para isso, grandes criadouros de bichanos foram
surgindo, onde os animais eram sacrificados, ressecados
com natrão (mistura de sais comuns do Egito) e recobertos
com óleos e resinas aquecidos. O processo antigo dificultou o
estudo atual, pois não preservou o DNA dos animais.
O grupo conseguiu extrair, porém, material genético de três
múmias felinas a partir de ossos das patas e da mandíbula. A
análise das sequências genéticas provou que os gatos do
Egito moderno ainda carregam linhagens de DNA mitocondrial
dos ancestrais que viveram há 2 mil anos. Além disso, com
as descobertas, Lyons sugere que o povo dos faraós foi o
primeiro a produzir raças domésticas de gatos.
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